Cirurgias

Doenças da aorta e aneurismas da aorta torácica

Doenças da aorta e aneurismas da aorta torácica

Realizamos procedimentos na aorta ascendente, arco e aorta descendente, assim como reparos toracoabdominais e na aorta abdominal.

Muitos destes procedimentos são realizados de forma mininvasiva, chamados endovascular, permitindo atingir uma morbidade e mortalidade muito baixas.

Muitos aneurismas envolvem alguns ou vários ramos arteriais de órgãos importantes e constituem casos desafiadores, portanto é necessário um planejamento pré-operatório minucioso e individualizado.

Em todos estes casos nossos cirurgiões estão aptos e disponíveis para elaborar uma proposta de tratamento em um modelo computacional tridimensional, com exames de sua anatomia, e discutir com você e seu cardiologista.

Se seu caso ainda não tiver indicação de correção endovascular ou cirúrgica, nossos médicos farão um monitoramento cuidadoso e customizado das alterações de tamanho, promovendo um seguimento efetivo e seguro, discutindo e acompanhando com o seu cardiologista ou clínico de confiança.

Em algumas circunstâncias, procedimentos de emergência são necessários para salvar a vida do paciente e nossos cirurgiões têm enorme experiência em tratamento cirúrgico das dissecções aguda da aorta.

 

Aneurisma da aorta e dissecção de aorta.

O aneurisma da aorta é uma dilatação anormal da mesma, que é o principal vaso sanguíneo do nosso corpo. Os aneurismas podem localizar-se em qualquer segmento da aorta e dos vasos que se ramificam da aorta.

A aorta é dividida em segmentos: raiz da aorta (da saída do coração, contendo a valva aórtica e as artérias coronárias), aorta ascendente (porção entre a raiz da aorta e o arco da aorta), arco da aorta (região do centro do tórax, onde contém os vasos que nutrem o cérebro e braços), descendente (porção entre tórax e o abdômen) e abdominal.

A localização mais frequente do aneurisma é na aorta abdominal, abaixo das artérias renais.

Este segmento dilatado é constituído por alterações na parede da artéria aorta que levam ao enfraquecimento e estiramento da parede vascular, podendo resultar em ruptura, causando hemorragia interna e até mesmo o óbito.

Geralmente os aneurismas da aorta não causam sintomas, e quando ocorre uma distensão maior ou iminência de ruptura, podem resultar em desconforto (dependendo de sua localização) torácico e/ou abdominal, e mesmo dor (muitas vezes na região interescapular das costas). Pacientes com dor intensa requerem imediata supervisão clínica.

O diagnóstico é realizado muitas vezes de forma acidental, por um Raio-X de tórax, ultrassom abdominal ou cardíaco. Entretanto, o exame de escolha que trará mais informações anatômicas é a tomografia computadorizada com contraste multislice, com cortes de 1 mm.

A maior finalidade do tratamento é a prevenção de ruptura e suas complicações. A indicação para correção depende do tamanho e taxa de crescimento, da localização e do binômio risco/benefício. É muito difícil predizer a velocidade de expansão (crescimento) dos aneurismas, sendo mais rápido nos casos de Síndromes de Marfan e Elher-Danlos.

Recomenda-se para os portadores de aneurismas o tratamento farmacológico da hipertensão arterial, cessação do hábito de fumar, e moderação das atividades físicas.

Dissecção da aorta é uma patologia da aorta que ameaça de forma iminente a vida do paciente.  Normalmente esta dilaceração da parede da aorta acontece em pacientes hipertensos e é caracterizada pela presença de fluxo de sangue (ou trombo) entre as camadas da parede da aorta. Constitui uma emergência médica e exames detalhados de imagem irão definir o tratamento, sendo o mais comum, a cirurgia convencional.

 

Causas e prevenção

A principal causa de aneurisma é a aterosclerose. Esta é uma forma de envelhecimento das artérias, com depósito de placas de ateroma (gordura) na parede do vaso, podendo causar obstrução ou dilatação. No caso da dilatação (aneurisma), há um enfraquecimento da parede do vaso e, com o tempo, dilatação deste segmento. O processo de aterosclerose é lento e pode afetar várias artérias do corpo. Além de causas genéticas e desordens do tecido conectivo, os outros fatores de riscos são: hipertensão arterial, hábito de fumar, colesterol alto e trauma.

Atualmente, com o melhor conhecimento genético, várias alterações estão sendo implicadas com patologias da aorta, em particular, a Síndrome de Marfan, onde há um enfraquecimento geral da parede da aorta, porém, em geral, estes aneurismas se localizam na saída do coração (aorta torácica ascendente) com envolvimento da válvula aórtica. Desordem do tecido conectivos como Ehler-Danlos, esclerodermia, policondrite, e síndrome de Turners, estão muito implicadas em doenças da aorta.

A idade desempenha um importante papel no desenvolvimento dos aneurismas, principalmente acima dos 60 anos e no sexo masculino. Cerca de 5% dos homens com mais de 60 anos desenvolverão aneurismas de aorta.

Valva aórtica bicúspide: (atinge cerca 2% da população) e deve seguir de perto se ocorrerá desenvolvimento do aneurisma da aorta.

Em pessoas de alto risco (história familiar ou portador de doença genética), um “check up” vascular com ecografia abdominal e torácica deve ser realizado.

 

Tipos de cirurgias

Nosso grupo é um dos maiores centros nacionais no tratamento das doenças da aorta, não somente pela expertise dos cirurgiões, mas também pelos cuidados clínicos multidisciplinares oferecidos em todos os estágios das doenças da aorta, aplicando os mais seguros recursos médicos na correção da aorta, na proteção cerebral e da medula espinhal.

Nosso grupo é referência nacional no tratamento endovascular de aneurismas e dissecções da aorta torácica e abdominal.

Os procedimentos convencionais são necessários para correções de aneurismas da aorta. Realizamos cirurgias para correção da aorta abdominal e da aorta torácica.

Nosso grupo tem uma das maiores experiências da Brasil em correção dos aneurismas da aorta ascendente com preservação da válvula aórtica. Dentre as várias técnicas existentes, destaca-se a técnica cirúrgica conhecida como Tirone, que permite a preservação da valva nativa com inúmeros benefícios para o paciente.

O tratamento endovascular oferece uma correção pouca invasiva e segura, e é a correção da alteração da aorta através de um cateter introduzido pelos vasos femorais, que libera um dispositivo chamado stent de aorta, para selar por dentro do vaso a parede da aorta afetada na patologia (ver mais sobre tratamento endovascular da aorta em “terapia endovascular”).

 

Cirurgia para preservação da valva aórtica em aneurismas da aorta ascendente

A técnica de reimplante com preservação da valva aórtica é um método de correção dos aneurismas da raiz da aorta. Com este método, o aneurisma é reparado com a substituição da aorta por um tecido inorgânico, e a valva do próprio paciente é preservada. Este método ajuda a evitar o uso de anticoagulantes por um longo período, reduz o risco de endocardite (infecção na valva aórtica) e de acidente vascular cerebral.

Nossos cirurgiões tem grande experiência com esta técnica, com bons resultados a médio e longo prazo. Esta técnica consiste em implante de um tubo de poliéster com colágeno impregnado desde a junção da aorta com a saída do ventrículo esquerdo, até o final da região aneurismática. A valva nativa do paciente é suturada dentro deste tubo de poliéster. Entretanto, quando a valva aórtica não pode ser preservada, discutimos com o paciente qual será a melhor opção protética de acordo com a sua individualidade e estilo de vida.

 

Tratamento endovascular (stent) da aorta

O tratamento convencional dos aneurismas é a cirurgia convencional, com abertura do tórax ou abdômen, dependendo da localização do aneurisma. Com o avanço da tecnologia e treinamento de nossos cirurgiões, podemos realizar inúmeros destes procedimentos de forma pouco invasiva. Esta técnica, pouco invasiva, é realizada por dentro do sistema arterial e é conhecida como endovascular. Por uma pequena incisão na região da virilha (inguinal), um longo cateter levará um stent que selará a parede do vaso, evitando sua ruptura e muitas vezes restituindo a anatomia desejada, permitindo assim que o sangue circule sem exercer pressão nesta região aneurismática.

Quem são os candidatos ao tratamento endovascular?

São aqueles portadores de aneurismas da aorta com mais de 5 cm de diâmetro que, com estudo por métodos de imagens, são passíveis deste tratamento, de acordo com as características físicas da aorta e do aneurisma.

Este métodos de imagem podem ser preferencialmente por tomografia computadorizada, ressonância magnética, angiografia da aorta e ecocardiograma transesofágico.